Quem podemos considerar como gênios? Esta pode parecer uma pergunta fácil. “Alguém bastante inteligente” seja uma das prováveis respostas. Os grandes gênios, na verdade, são pessoas que transformaram nossa sociedade. Que mudaram a forma de pensamento, de convivência. Inverteram a lógica natural daquele momento. O número de pessoas deste porte é enorme. Quando falamos de eletricidade (e lâmpadas), os dois principais são Nikolai Tesla e Thomas Edison.

Imagine seu dia-a-dia sem televisão ou micro-ondas. Ou, ainda, sem lâmpadas nos quartos. Cabos enormes para transportar a eletricidade das subestações para sua residência. Esta seria a vida sem as descobertas destes dois homens. Neste artigo falaremos sobre a vida de dois dos maiores gênios da humanidade, da disputa entre eles e como suas lâmpadas transformaram o mundo como conhecemos.

Nikolai Tesla

Nascido em 1847 no antigo Império Austro-Húngaro, Nikolai Tesla nunca teve uma educação formal. Passou os primeiros anos de sua vida aprendendo com sua mãe. Depois, resolveu estuar por conta própria. Também não concluiu a faculdade de Engenharia Elétrica na Universidade de Graz. Se mudou para Paris, onde começou a trabalhar na Edison Machine Work, empresa fundada e administrada por Thomas Edison. Logo depois foi transferido para os Estados Unidos, que lhe deu cidadania americana.

As condições de trabalho, à época, não eram das melhores. A carga horária excedia as 18 horas diárias. E Tesla ainda cumpria horas-extra. Passou seis meses na empresa de Edison. Dentro deste tempo, melhorou diversos modelos de máquinas e apresentou sua maior descoberta: a corrente alternada.

Nikolai Tesla morreu em 1943, sem dinheiro, com diversas patentes roubadas e considerado como louco. Sua história possui tantas reviravoltas quanto um filme, por exemplo. Também é considerado o inventor da lâmpada florescente, dos raios X, dos motores elétricos e um dos percursores da conexão wireless.

Thomas Edison

Thomas Alva Edison foi um inventor estadunidense de importância no século XIX. E muito do mundo como o conhecemos se deve a ele. Começou sua carreia com um pequeno jornal na garagem de casa. Passou a desenvolver seus inventos com o melhoramento dos telégrafos. Mas, sua principal invenção foram, sem dúvidas, a corrente contínua e a lâmpada incandescente.

Foram mais de mil invenções em toda a vida. Baterias para carros, câmeras de vídeo, canetas para tatuagem, entre outros. Trabalho como conselheiro de segurança dos Estados Unidos, dividiu um Prêmio Nobel com Tesla e marcou seu nome na história.

A Guerra das Correntes

Nada, porém, marcou mais a vida destes dois gênios da história do que a rivalidade entre eles. Mais novo, e trabalhando na empresa de Edison, Tesla era um visionário. A descoberta da corrente alternada transformou positivamente nossa vida, porém, à época, nem todo mundo gostou dela. A exemplo de Thomas Edison.

As empresas do estadunidense funcionavam à base da corrente contínua. Seus equipamentos e inventos. E ele ganhava bastante dinheiro com isto. Para se ter uma ideia, se hoje as residências fossem alimentadas com o modelo de corrente de Edison, seria necessária uma subestação elétrica por quilômetro quadrado. Ou cabos com uma bitola muito maior do que a comum. Isto porque a corrente contínua sofre alterações ao longo do trajeto. Com a descoberta de Tesla, não.

Foi ela quem deu a possibilidade de usinas hidrelétricas. E aí começou a disputa entre os dois gênios. Edison moveu uma campanha negativa à corrente alternada. Entre suas ações, até mesmo a execução de animais e presos com ela ele promoveu. Tudo para mostrar o perigo que ela poderia representar ao povo. Edison não saiu vitorioso: o mundo adotou a descoberta de Tesla para geração de energia. Tesla, porém, teve de rasgar um contrato mais do que bilionário com a Westinghouse, que estava à beira da falência, para garantir os direitos dos trabalhadores da empresa.

Lâmpada de Tesla

Não é difícil encontrar quem tenha, ou quem já teve, uma delas em casa. As lâmpadas florescentes funcionam através da reação entre radiação ultravioleta e gases em um tubo de vidro. Esta reação gera um feixe de luz de todas as cores, que resulta no branco. A grande vantagem dela é a maior emissão de luz ao invés de calor. Em termos práticos: ela gasta mais tempo iluminando o ambiente, consumindo menos energia.

Lâmpada de Edison

Já a lâmpada de Edison, também conhecida como incandescente, é mais antiga, porém igualmente popular. O modelo tem um funcionamento simples: a geração de luz, através do Efeito Joule, com corrente contínua passando através de um filamento de tungstênio. Para a época, foi inovadora. Tanto que se tornou símbolo de uma nova ideia, na cultura pop. O grande “porém” da lâmpada de Edison é que, por conta do Efeito Joule, a maior parte da luminosidade é gerada através do calor. 90% do que ela produz, na verdade, é calor. E o gasto com energia elétrica é maior. Atualmente, sequer são comercializadas.

As lâmpadas da atualidade

As ideias de Edison e Tesla inspiraram novos inventos. Um exemplo disto é o LED, a nova tendência no mercado de iluminação. Até bem pouco tempo, a iluminação em LED era mais usada em semáforos, sinalizadores, entre outros objetos. Porém, a tecnologia passou a ser usada na iluminação residencial. Funciona através de semicondutores que geram energia através da passagem da corrente elétrica. Em comparação com os outros dois modelos, é mais econômica e possui uma eficiência luminosa maior.


Os dois gênios não viveram para ver uma evolução destas com suas ideias. Talvez se sentissem admirados ao ver o passo que a tecnologia deu. E o quanto seus inventos e teorias impulsionaram a vida de bilhões de pessoas na atualidade.

Escrito por Equipe G-light
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