Imaginar a nossa vida cotidiana sem o uso da iluminação é uma tarefa muito complicada, não é? Com o avanço das tecnologias, cada vez mais nos tornamos dependentes das luzes artificiais. Mas você conhece a história da iluminação? Vem com a gente!

A visão é a nossa maior aliada para nos situarmos no mundo. Através dela, conseguimos detectar perigos, antecipar necessidades, e nos locomover em segurança. Mas nem sempre foi assim…. Nos primórdios, o homem se movimentava apenas durante o dia, quando havia incidência da luz solar, pois assim conseguiria ver melhor. À noite, recolhia-se, e se resguardava.

Com a necessidade de ter mais conforto, e encontrar uma maneira de se aquecer, o homem foi fazendo o que faz de melhor: inventando. Ou melhor: descobrindo. E, com isso, estamos aqui hoje, em uma sala iluminada com lâmpadas de LED porque sabemos que iluminar é possível.

Agora, sem mais delongas… vamos para um passeio na história da iluminação?!

Primeiras luzes: a chama

A descoberta do fogo

Descoberto há cerca de 125.000 anos a.C, o fogo veio para tirar o homem da limitação da luz natural. Com essa descoberta, demos um passo em direção à iluminação, e à transformação do mundo.

Para entender melhor essa invenção, vamos direto para o Paleolítico, aquele período que compreende cerca de 4,4 milhões e 8.000 a.C. Ao descobrir a chama, e dominá-la, esse poderoso “sol artificial” se tornou um verdadeiro companheiro para desbravar o mundo e alicerçar civilizações.

É importante lembrar que o fogo já existia, hein? Ele era decorrente de fenômenos naturais, como: erupções vulcânicas, raios que, ao cair, provocavam incêndios. A novidade era que, naquele momento, eles conseguiram reproduzi-lo.

Essa reprodução, como já conhecemos em filmes e desenhos animados, veio através da manipulação da pedra e da madeira.

Essa chama, finalmente dominada, começou a ser utilizada para fins domésticos: cozinhar, aquecer nas temporadas de frio intenso, e, também, espantar aqueles animais ferozes que por ventura aparecessem nas proximidades.

À noite, a chama tinha uma missão a mais: iluminar.

Os gregos, inclusive, criaram mitos para explicar a existência do fogo, atribuindo isto a um roubo executado por Prometeu que roubou dos deuses e o entregou aos homens. Será?!

E, com isso, o fogo se tornou um dos quatro elementos essenciais: terra, água, ar e fogo.

Artefatos de manipulação da chama

Como era quente, e impossível de tocar por não ser sólido, o fogo, ou melhor: a chama, não poderia ser manipulada e carregada para ajudar a iluminar a caminhada.

Para resolver essa situação, o primeiro artefato foi desenvolvido: as tochas. Essas tochas, ao longo do tempo, passaram a ser aperfeiçoadas com influência dos povos fenícios, babilônios e egípcios.

A construção das primeiras velas

As tochas, tão úteis, passam a se tornar obsoletas. Como iluminar, enfim, os ambientes domésticos? As casas que, àquela altura, já estavam erguidas, e muitas vezes com matérias completamente inflamáveis?

Nesse momento, a gordura animal entra em cena, sendo o primeiro líquido utilizado para criar a iluminação de ambientes.

Essas velas ficam conhecidas como lucernas, e eram produzidas em recipientes de pedra, chifres de animais, ou mesmo conchas marinhas.

Vale ressaltar que, por serem feitas de gordura animal, o cheiro não era lá dos melhores. O que fez com que o homem, novamente incomodado, desse mais um passo em direção à transformação da iluminação.

Candeeiro e os iluminadores a combustível

Após o mau cheiro das lucernas feitas com gordura animal, estava na hora de descobrir outras possibilidades, e eis as inovações.

É importante destacar que, até a Revolução Industrial, as lâmpadas a óleo e as velas eram a fonte principal de iluminação das residências.

Óleo na iluminação

Existem rumores, e evidências, de que a utilização do óleo é datada de cerca de 4.500 anos, lá na Mesopotâmia, onde hoje é o Iraque.

Assim, através dele, surgiram as lamparinas. Estas consistiam em um recipiente com uma haste que ficava em contato com o combustível. Esse combustível era muito variável, e era utilizado o que tinha disponível.

Em alguns casos, usava-se azeite, principalmente no Mediterrâneo; óleo de sésamo, no Oriente; óleo de peixe e de noz, e outras possibilidades.

Lampiões

Sair da lamparina para chegar ao lampião foi rápido como um estalar de dedos.

Da argila ao metal, o lampião consistia em uma base, que era abastecida com óleo vegetal ou animal, com uma espécie de “pavio”, que, por estar encharcado de combustível, acendia.

Em 1800, no entanto, os óleos foram substituídos pelo gás.

E, como tudo na história da iluminação, e principalmente do homem, muitos tipos de gases foram utilizados ao longo dessa jornada, como: metano, butano, propano, hidrogênio e o gás natural.

Faça-se a luz: a primeira lâmpada que brilha

E agora a nossa viagem chega ao principal: a lâmpada.

Os cientistas não pouparam esforços até chegarem ao que nós temos hoje. O desafio principal que tinham em mãos era encontrar algo que, ao passar a eletricidade, não queimasse.

Consta na história mais de mil tentativas até se chegar ao que conhecemos.

Utilizando um fino filamento de carvão a alto vácuo, Thomas Edison enfim alcançou o que buscava. Testando cerca de 6 mil maneiras diferentes, com mais de 1.200 testes, ele, enfim, estava diante da lâmpada.

E para manter seu experimento funcionando por 48h ininterruptas, Edison usou uma linha de costura de algodão carbonizada para chegar ao filamento “perfeito”.

Nesse momento, demos um enorme salto para a transformação da história da iluminação. Nascia a lâmpada. Nascia uma nova maneira de iluminar.

Em 21 de outubro de 1879 a primeira lâmpada brilhou. E é por isso que em 21 de outubro comemoramos o dia da lâmpada!

Conclusão

Nesses 142 anos, desde a primeira lâmpada, nós continuamos dando muitos passos. Onde vamos chegar? Ainda não sabemos. Mas sabemos que queremos chegar lá.

Agora que você conhece a história da iluminação, e sabe um pouco mais sobre a história da lâmpada, você consegue se imaginar vivendo sem essa praticidade? Conta pra gente!

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